Hoje ( Escrevo em 13 de Julho), comemora-se o dia do rock. Eu inauguro esta coluna fazendo uma reverência a Ezequiel Neves, um dos maiores críticos de rock do Brasil, morto em 7 de Julho de 2010. Nascido em Belo Horizonte, Ezequiel foi produtor da Som Livre, gravadora das Organizações Globo, presidida por João Araújo, pai do cantor Cazuza. Junto com o também produtor Guto Graça Mello, foi mentor do cantor e de sua banda, o Barão Vermelho. Na década de 1970, Ezequiel Neves foi o mais influente crítico de música pop do Brasil. Escreveu para várias revistas, inclusive para a primeira edição brasileira (mas não autorizada) da revista Rolling Stone. Foi empresário da cantora Cássia Eller e trabalhou com nomes como Elizeth Cardoso. Foi jornalista, produtor, compositor, ator, roteirista de cinema, festeiro, irreverente e dono de um humor ácido: Ele fez a diferença. No meio musical, era conhecido como Zeca Jagger (Fruto de sua devoção ao rock clássico e aos Rolling Stones). Ezequiel é um dos autores de músicas como “Codinome Beija-Flor” e “Exagerado”. Em 2008 escreveu a biografia do Barão Vermelho em parceria com o jornalista Rodrigo Pinto e com Guto Goffi, baterista e fundador do grupo. Cazuza morreu em 7 de Julho de 1990 em decorrência da AIDS. Exatos vinte anos depois, Zeca nos deixou aos 74 anos com falência múltipla dos órgãos. Ele convivia com um tumor benigno no cérebro, enfisema e cirrose há cinco anos e estava internado há seis meses na Clínica São Vicente, na Gávea, RJ. O guitarrista do Barão vermelho, Roberto Frejat, foi quem mais o ajudou neste período, segundo o secretário de Zeca. Ezequiel Neves produziu todos os discos do Barão Vermelho e cuidou da carreira de Cazuza, mesmo tendo ele deixado o grupo em 1985.
Em Araruama
No mês do Rock, do meu aniversário, da perda de Ezequiel Neves e do instrumentista Paulo Moura, as bandas tentam reagir a apatia do cenário ou resistir a religião. A Praça Antônio Raposo ainda é o espaço onde os shows acontecem em pelo menos quatro lugares diferentes. Os projetos são relevantes e ecléticos, mas muito mal explorados. A Gigi ferve, mas não tem estrutura para superar sempre as expectativas, ainda. É saudável acreditar nisso durante um tempo, mas hoje acredito mais é na inclusão dos músicos na programação oficial da cidade.
Voltando ao rock, dentro ou fora da praça, três coisas me chamaram a atenção:
1° “Hell Lost” – O “Ver a Vista”, hotel onde filmei com a Nebulosa, sediou o evento que tinha uma quantidade considerável de roqueiros e Alan K12 na guitarra. Essas filmagens resultaram no clipe de “ Às vezes” e tem a participação do meu amigo, parceiro e roqueiro Heriston Bila ( Big Bee);
2° – “Araruama Rock Festival”. O Evento é apadrinhado pelo meu amigo Luis Cláudio da revista Realce. Subiram ao palco do Teatro Municipal dia 21 de Julho às 19h as bandas Gêmini, Incisão e Rock 4Ever; 3° – A voz da Adna da banda Sound of Night ( Nome roqueiro de verdade). Let’s Rock.
E mail para Vitor Bricio –
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